A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia, ou seja, é a principal referência para o cálculo da maioria dos juros do país.
Há um ano, precisamente em janeiro de 2021, a taxa Selic no Brasil era de 2%, o menor patamar histórico, porém nos últimos 12 meses, o Banco Central (BC) passou a reajustá-la com acréscimos constantes, até finalizar o ano em 9,25%, a sétima alta consecutiva.
Com a taxa básica de juros baixa, o crédito fica mais barato e favorece, por exemplo, a tomada de recursos para o investimento das empresas e consumo das famílias.
Quando a inflação aumenta, como no cenário atual, o BC utiliza a política monetária – aumenta a taxa Selic – para encarecer o custo do crédito e, assim, ‘esfriar’ a economia, consequentemente, controlar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Ou seja, a Selic sobe para tornar o crédito disponível no mercado mais caro, controlando assim o acesso ao dinheiro e o consumo, dessa forma controla-se também a alta da inflação.
Foram vários os fatores que contribuíram para a alta da inflação:
- A economia global se recuperou mais rápido do que o esperado, o que contribuiu para a alta dos preços das commodities;
- A pandemia desorganizou a cadeia global de produção e logística e os insumos e bens intermediários para a indústria também subiram de preço;
- No Brasil, além dos juros baixos anteriormente, a incerteza com o rumo das contas públicas e a crise institucional pressionaram a taxa de câmbio, contribuindo para uma inflação mais alta.
O mercado financeiro é sempre o primeiro afetado com as altas da Selic, tudo que envolve disponibilização imediata de crédito, como por exemplo antecipações de recebíveis, empréstimos e financiamentos.
Em contrapartida, a alta da Selic também oferece algumas oportunidades, para quem deseja investir, o cenário está favorável, veja aqui algumas indicações interessantes:
Após a sétima alta da Selic, veja o que fazer com seus investimentos
A expectativa dos economistas é que esse ano o aumento seja mais controlado, mas os reajustes podem finalizar 2022 em 11,75%.
Continuaremos atentos ao movimento da economia nacional, acompanho o trânsito de informações e principalmente, mantenho cautela sobre todas as decisões que o cenário atual exige.
Para saber mais do assunto, acesse:
Selic em alta: qual o impacto da taxa de juros na economia? – Outubro 2021
Estimativas do Focus para Selic seguem em 11,50% em 2022 e em 8,00% em 2023 – Dezembro 2021.
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